Mais de 60% das mulheres que morrem com doenças nas artérias do coração não têm sintomas específicos De acordo com Lara Reinel de Castro, cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, não descobrir esses sintomas atrasa o diagnóstico e o tratamento adequado, impactando o índice de mortalidade e de sobrevida, que é de 8,2 anos no público masculino e de 5 anos no feminino São Paulo, dia 14 de agosto de 2024: Pouca gente sabe, mas as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil, aponta o Ministério da Saúde. Embora ocorram tardiamente no público feminino, tem crescido a ocorrência de doenças isquêmicas, como o infarto do miocárdio em mulheres mais jovens – entre 15 e 49 anos. “No Brasil, de cada dez vítimas fatais por essas enfermidades, quatro são mulheres. Há 50 anos, não chegava a 10%”, aponta Lara Reinel de Castro, Cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Antes da menopausa, as mulheres contam com uma particularidade biológica a seu favor: a produção do estrógeno, hormônio feminino que facilita a dilatação dos vasos e a circulação do sangue, desempenhando um importante papel de proteção cardiovascular. Com a menopausa, elas perdem esse aliado. Além de fatores de risco clássicos, que independem de sexo, como hipertensão, dislipidemia (nível elevado de gordura no sangue), diabetes, tabagismo, sedentarismo e obesidade, existem alguns aspectos específicos do público feminino. Enquanto nos homens os problemas cardíacos são geralmente causados por doença aterosclerótica obstrutiva (impedimento da passagem de sangue na artéria por coágulo ou placa de gordura), nas mulheres eles podem estar também associados à microcirculação sanguínea (artérias menores). Aumentam ainda mais os riscos as enfermidades que afetam mais as mulheres, entre elas as doenças autoimunes (como artrite reumatoide e lúpus), a dissecção espontânea de coronária (rompimento espontâneo de vaso no coração) e a síndrome de Takotsubo, conhecida como síndrome do coração partido (lesão no coração após forte estresse). Também fazem parte do leque de riscos a terapia hormonal e medicamentos antineoplásicos utilizados no tratamento do câncer de mama. Na fase pré-menopausa, síndrome do ovário policístico e complicações da gravidez, como eclâmpsia e diabete gestacional, podem se refletir em problemas cardíacos. “Some-se a tudo isso, aspectos comportamentais e sociais, como dupla jornada de trabalho, estresse, depressão e outros problemas de saúde mental e violência de gênero”, complementa a especialista. Sintomas atípicos Pesquisas mostram que menos da metade das mulheres recebe tratamento adequado para as doenças cardiovasculares. Em parte, isso se deve a sintomas atípicos, que acabam sendo subestimados. Em um infarto, por exemplo, em vez da clássica dor no peito que irradia para o braço esquerdo, elas podem apresentar manifestações menos características, como desconforto no estômago e nas costas, cansaço, falta de ar, náusea, tontura, sudorese e sensação de ansiedade. “Mais de 60% das pacientes que morrem com doença coronariana não têm sintomas específicos, o que pode atrasar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento adequado, impactando o índice de mortalidade e de sobrevida – que é de 8,2 anos no público masculino e de 5 anos no feminino”, explica a cardiologista. Cuidando do coração feminino A médica explica que, independentemente de sexo, é fundamental para a prevenção dessa e de várias outras doenças a adoção de um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada, prática regular de atividades físicas, cessação do tabagismo e controle do peso. Igualmente importante é dormir bem, gerenciar o estresse e monitorar pressão arterial, colesterol, triglicérides e glicemia (taxa de açúcar no sangue). “E quem tem histórico de doença cardiológica precoce na família deve iniciar o acompanhamento médico 10 anos antes da idade do familiar que teve o problema”, finaliza. _________________________________________________________ Sobre a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Reconhecida quatro vezes pela revista Newsweek como uma das melhores instituições de saúde do mundo, a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo é um hub de saúde de excelência que conta com 7 mil colaboradores e 4 mil médicos atuando em três endereços na cidade de São Paulo, nos bairros da Bela Vista (2 unidades) e Jardim América. O hub também faz parte de um grupo de seis instituições de excelência brasileiras que integram o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde. Os serviços da BP são oferecidos por meio de 2 marcas de serviços hospitalares com foco em alta complexidade e que atendem diferentes segmentos de clientes, e 3 marcas que contemplam serviços de medicina diagnóstica, consultas médicas e atendimentos ambulatoriais e educação e pesquisa. São elas: Hospital BP, referência em casos de alta complexidade, pronto-socorro geral e corpo clínico especializado para clientes de planos de saúde e particulares; pelo BP Mirante, hospital que oferece um corpo clínico renomado, pronto atendimento privativo, hotelaria personalizada e cuidado intimista para clientes particulares e de planos de saúde premium; pela BP Medicina Diagnóstica, um completo e atualizado centro de diagnósticos e de terapias, que oferece exames laboratoriais, de imagem, métodos gráficos e de todas as outras especialidades diagnósticas; pelo BP Vital, uma rede de clínicas de diversas especialidades médicas integrada aos demais serviços da BP para cuidar da saúde dos clientes e estimular conversas preventivas sobre a saúde; e pela BP Educação e Pesquisa, tradicional formadora de profissionais de saúde que capacita profissionais por meio de cursos técnicos e de pós-graduação, residência médica, eventos científicos e é responsável por gerenciar mais de 100 estudos e pesquisas na área da saúde com o intuito de contribuir para a evolução da Medicina no País.

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