Mulheres na menopausa têm mais dificuldade de atingir o orgasmo; saiba o que fazer
Além da redução da libido, mulheres na menopausa também sofrem com menor intensidade das sensações prazerosas e resposta orgástica mais lenta. Mas estratégias como masturbação, terapia hormonal e uso de acessórios sexuais podem ajudar a chegar ao clímax mais facilmente.
Igor Padovesi
São Paulo - 16/08/2024 – Orgasmo ainda é um assunto tabu, especialmente para mulheres. Muitas, inclusive, desconhecem a sensação. Dados apontam que 70 a 80% das mulheres não conseguem atingir o orgasmo nas relações sexuais tradicionais, sem um estímulo direto no clitóris. E o problema é ainda mais grave quando as mulheres alcançam a menopausa. “Na menopausa atingir o orgasmo torna-se ainda mais difícil. A intensidade das sensações prazerosas diminui nessa fase, a resposta orgástica é mais lenta e menos intensa”, diz o ginecologista Dr. Igor Padovesi, membro da North American Menopause Society (NAMS), da International Menopause Society (IMS) e associado à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Além disso, há o fato também de que, na menopausa, há uma diminuição da função e desejo sexual. “Uma série de fatores pode prejudicar a libido na menopausa, mas temos, principalmente, uma questão hormonal. A queda nos níveis hormonais prejudica o desejo e a resposta sexual”, pontua.
Mas existem algumas maneiras de facilitar o orgasmo mesmo na menopausa. Uma delas é, por exemplo, a prática da masturbação, que é fundamental para o autoconhecimento e para conquistar uma relação mais saudável com a própria sexualidade e com o próprio corpo. “Essa prática ajuda a mulher conhecer o corpo e saber como e onde ela tem mais prazer, o que melhora a satisfação sexual nas relações”, destaca o Dr. Igor, que afirma que a masturbação também tem outros benefícios para mulheres na menopausa. “Assim como o sexo, a masturbação estimula o fluxo sanguíneo da região genital, o que pode melhorar a lubrificação e ajudar a combater o ressecamento vaginal; também fortalece os músculos do assoalho pélvico, reduzindo a incontinência urinária e aumentando a sensibilidade; e ainda libera substâncias que causam relaxamento e ajudam no combate ao estresse e flutuações de humor”, diz o ginecologista.
Outra estratégia que pode ajudar na satisfação sexual é o uso de acessórios, de acordo com o Dr. Igor Padovesi. “Para conseguir chegar ao orgasmo com mais facilidade, a mulher precisa de algum estímulo no clitóris, então o uso de brinquedos sexuais tornou-se algo de prescrição médica. Isso melhora a satisfação da mulher, não só quando se masturba sozinha, mas também quando tem um parceiro. Geralmente, recomendamos o chamado bullet (vibrador) como o primeiro sex toy da mulher, pois é pequeno, tem um formato discreto e proporciona um estímulo vibratório para atuar no clitóris”, aconselha.
O médico ainda destaca que a dificuldade de atingir o orgasmo só piora com o passar do tempo, especialmente quando as mulheres não realizam a terapia hormonal, que é a principal estratégia comprovada para recuperar a libido e a satisfação sexual das mulheres na menopausa. “O tratamento atua diretamente na principal causa do problema: o desequilibro hormonal. É cientificamente comprovado que, quando realizado corretamente, a terapia hormonal, além de ser muito segura, é capaz de melhorar a função sexual, pois trata os sintomas da síndrome geniturinária da menopausa (SGM), como falta de lubrificação, atrofia vaginal e dor na relação sexual, além de melhorar a libido e a satisfação sexual”, diz o Dr. Igor Padovesi, que, por fim, ressalta que a terapia hormonal é segura e eficaz, mas é importante que a mulher, assim que notar os primeiros sintomas da menopausa, busque um médico especializado para passar por uma avaliação e receber o tratamento adequado.
FONTE:
*DR. IGOR PADOVESI: Médico Ginecologista, especialista em menopausa certificado pela North American Menopause Society (NAMS), membro da International Menopause Society (IMS) e membro sênior da European Society of Aesthetic Gynecology (ESAG). Associado à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) da qual fez parte da Diretoria de Comunicação Digital (2016-2019). Formado e pós-graduado pela USP, onde foi preceptor da Disciplina de Ginecologia, e é doutorando com projeto na área de cirurgias íntimas. Ex-instrutor dos cursos de pós-graduação e outros cursos da área de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Albert Einstein e membro do corpo clínico do mesmo hospital. Conquistou em 2024 o prêmio internacional com o 1º lugar no Congresso Mundial de Ginecologia Estética na Colômbia, com trabalhos científicos sobre ninfoplastias. Instagram: @dr.igorpadovesi
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