Semana Mundial do Aleitamento Materno: Pequeno Príncipe ressalta a importância da amamentação para o bebê e para a mãe
Campanha deste ano destaca a necessidade de um sistema de saúde amigável à amamentação, o respeito à autonomia da mulher e o apoio comunitário sólido
Curitiba, 1.º de agosto de 2024 – Na Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1.º a 7 de agosto, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, ressalta a importância da amamentação na primeira hora de vida, tanto para o bebê quanto para a mãe. Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28.º dia de vida. No caso das mães, o ato auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E ainda reduz a possibilidade de desenvolver doenças como diabetes, cânceres de mama e de ovário e, acompanhada de uma alimentação saudável, contribui na redução do peso adquirido durante a gravidez.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade, sem necessidade de água, chá ou qualquer outro alimento. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a forma de proteção mais econômica e eficaz contra a mortalidade infantil, protegendo as crianças de diarreias, infecções respiratórias e alergias, entre outras doenças. Além dos benefícios imunológicos, também oferece benefícios nutricionais, cognitivos e emocionais.
O pediatra neonatologista do Pequeno Príncipe Luiz Renato Valério salienta que a composição do leite materno é única, personalizada e atende às necessidades nutricionais da criança conforme sua idade. “Rico em proteínas, gorduras e vitaminas, o leite materno é nutricionalmente bom e sua capacidade de digestão é perfeita. E não devemos esquecer que a amamentação constrói e fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. É um ato repleto de amor, que também auxilia no desenvolvimento da criança”, frisa.
Responsabilidade coletiva
Durante o puerpério (período que se inicia logo após o parto e dura cerca de seis a oito semanas, ao longo do qual o corpo da mulher passa por diversas mudanças para retornar ao estado anterior à gravidez), a mãe vivencia modificações físicas e psíquicas. Por isso, é essencial que as mulheres que amamentam tenham uma rede de apoio formada por familiares, amigos e sociedade.
O especialista do Pequeno Príncipe realça que, durante a amamentação, a mãe precisa manter o autocuidado para garantir uma vida saudável que supra suas próprias necessidades e a produção de leite em quantidade e qualidade adequada ao bebê.
A amamentação frequente faz com que a mãe produza mais leite. Mas, para estabelecer a prática e garantir sua continuidade, ter um ambiente acolhedor e compreensível é fundamental. O estímulo e o apoio prático do pai da criança, bem como da família e amigos, deixam a mãe mais segura.
Quando não é possível amamentar
Motivos emocionais, sociais e fisiológicos, como doenças que afetam a mãe ou o recém-nascido, preocupações e estresse, podem influenciar a amamentação. “A mãe, quando não consegue amamentar, mesmo após inúmeras tentativas, pode ter o sentimento de culpa e frustração. Diante disso, o apoio e a compreensão de familiares são ainda mais necessários”, explica Valério. Segundo o médico, nesses casos se deve buscar orientação pediátrica para introduzir uma fórmula indicada para o bebê.
Para a coordenadora do Serviço de Psicologia do Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva, é importante que a mulher que não pode ou não consegue amamentar receba o incentivo para que exerça a maternagem de outras formas, como pegar o bebê no colo, trocar afeto e carinho, conversar, cantar, narrar histórias e praticar os cuidados rotineiros.
Agosto Dourado
O Agosto Dourado é uma campanha de conscientização que enfatiza a importância do aleitamento materno para a saúde e o bem-estar dos bebês e das mães. Com o tema “Amamentação: apoie em todas as situações”, a Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2024 aborda a necessidade de um sistema de saúde amigável à amamentação, o respeito à autonomia da mulher e o apoio comunitário sólido, especialmente em tempos de emergências e crises. A iniciativa é da Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, sigla em inglês) – órgão consultivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Sobre o Pequeno Príncipe
Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de cem anos para crianças e adolescentes de todo o Brasil. É referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Com 369 leitos, incluídas as 76 UTIs, atende em 47 especialidades e áreas da pediatria, que contemplam diagnóstico e tratamento, com equipes multiprofissionais, e promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, realizou cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. E, pelo terceiro ano consecutivo, a instituição figura como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina, de acordo com um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek.
CONGRESSO DÁ VISIBILIDADE AOS SERVIÇOS CLÍNICOS NAS FARMÁCIAS Mais de 6,5 mil farmácias brasileiras já dispõem de programas de assistência clínica, nos moldes de países como Canadá, Estados Unidos e Reino Unido. Mas apesar da crescente adesão de pacientes e do avanço nas resoluções que regulamentam a atividade, o setor encara desafios culturais, tecnológicos e legais para alavancar a operação. Com base nesse contexto, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) promove a quinta edição do Congresso de Salas Clínicas. Em formato virtual, o evento acontecerá nas tardes de segunda e terça-feira, dias 22 e 23 de julho, entre 14 e 17h. “Conseguimos congregar especialistas e formadores de opinião vinculados a todo o ecossistema de saúde. Essa integração com atores como hospitais e provedores de tecnologia é fundamental para democratizar o acesso à assistência farmacêutica e mudar a realidade de adesão a tratamentos no país”, observa Sergio Mena Barreto, CEO da e
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