Ernesto Araújo cede à pressão e pede demissão a Bolsonaro Ministro passou pouco mais de 800 dias à frente do Itamaraty e vinha sendo contestado dentro e fora do governo O embaixador Ernesto Araújo se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, 29, para entregar seu cargo. A informação foi repassada ao Estadão por pessoas que acompanham a discussão sobre a saída do chanceler. Ernesto passou pouco mais de 800 dias à frente do Itamaraty e vinha sendo contestado dentro e fora do governo. O chanceler cancelou compromissos nesta segunda-feira com autoridades estrangeiras para discutir seu futuro. E foi chamado de última hora por Bolsonaro no Palácio do Planalto. Ernesto também convocou uma reunião ampla com secretários do Itamaraty, embaixadores que o assessoram em Brasília. O encontro estava previsto para ocorrer ao meio-dia, até que o ministro recebeu o chamado presidencial. A saída do chanceler, um dos membros mais proeminentes da ala ideológica do governo do presidente Jair Bolsonaro, acontece em meio à pressão do Congresso, descontente com a condução da política externa do País. O pedido de demissão também vem no dia seguinte a Araújo afirmar em um tuíte que a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP-TO), disse a ele no início de março que ele se tornaria o "rei do Senado" se fizesse "um gesto em relação ao 5G", o que ele afirmou ter se recusado a fazer. A fala do chanceler gerou forte reação de Kátia Abreu e de vários senadores, entre eles o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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