'O turismo está em seu melhor momento desde o início da pandemia', diz presidente da CVCA maior empresa de turismo do País, no entanto, continua preocupando investidores: ações caíram quase 25% nos últimos dois meses A agência de turismo CVC atuanaquele que foi o setor mais atingido pela pandemia. Afinal, com o avanço da covid-19, a última coisa que as pessoas pensavam era em viajar. Porém, segundo Leonel Andrade, presidente da companhia, isso está mudando e ele prevê que o atual semestre mostrará uma grande recuperação dos negócios. Mas, até agora, os resultados da CVC ainda frustram os investidores. No último trimestre, a empresa teve um prejuízo de R$ 175,5 milhões, um número 30% menor do que o do mesmo período do ano passado, mas que o mercado ainda achou muito elevado. Nos últimos dois meses, as ações da empresa perderam quase 25%. "Não foi um bom balanço, mas que não muda a nossa visão de longo prazo e nem a direção que estamos tomando", diz Andrade. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista. Como o sr. avalia os resultados do segundo trimestre? Não foi um bom balanço, mas que não muda a nossa visão de longo prazo e nem a direção que estamos tomando. A segunda onda foi muito dura e afetou as viagens em abril e maio. E mesmo as vendas que foram feitas, não foram exercidas e isso resultou em uma compressão da receita. Também teve o caso dos reembolsos, que aumentaram no período. É possível ver um cenário melhor? As vendas para o segundo semestre estão muito fortes e já tem muita gente viajando. Os aeroportos estão cheios. É o melhor momento do turismo desde o início da pandemia. Mas a CVC estará saudável para atender a essa demanda? Tivemos uma notícia muito boa em relação à nossa redução de dívidas. Entramos na pandemia com dívida de R$ 2,2 bilhões e reduzimos para R$ 700 milhões e ainda temos entrando no caixa mais de R$ 400 milhões do último follow-on. Esse valor vai prioritariamente para reduzir ainda mais a nossa dívida e para investimentos. Que tipos de investimento a empresa pretende fazer? Em tecnologia e gestão de clientes. Hoje estamos investindo muito dinheiro em análise de dados. Temos 22 milhões de clientes atualmente e temos a capacidade de dobrar esse número. Também estamos investindo em um software de influência: do mesmo jeito que a Netflix sabe o que você quer assistir sem você saber, queremos saber para onde a pessoa quer viajar antes dela mesmo. É um trabalho contínuo. Estamos falando de investimentos de R$ 170 milhões.

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