Matérias sobre transplante no JN têm a ver com dono da Globo Médico que liderou a equipe de cirurgia que operou Roberto Irineu Marinho apareceu no telejornal O Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos é comemorado em 27 de setembro. Todos os anos, neste dia, o Ministério da Saúde lança nova campanha de conscientização sobre a importância de ser um doador e avisar a família de sua vontade. O tema em 2020 é “Doe órgãos. A vida precisa continuar”. De acordo com o governo, de janeiro a julho deste ano foram realizados 9.952 transplantes de órgãos e tecidos no Brasil. Uma das pessoas que receberam a oportunidade de viver mais e com qualidade é Roberto Irineu Marinho, presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, do qual a TV Globo e a GloboNews fazem parte. Em 23 de março, o filho mais velho do jornalista Roberto Marinho (1904-2003), fundador das emissoras líderes em audiência na TV aberta e entre os canais pagos, se submeteu a um transplante de fígado. “Eu tinha uma cirrose hepática não alcoólica devido à gordura depositada no fígado e também ao estresse acumulado durante alguns anos”, explicou em nota à imprensa. “Decidi fazer o transplante com os médicos brasileiros inscritos no Sistema Nacional de Transplantes e na Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que administra a doação e a alocação de órgãos neste estado. Fiquei na fila por quatro semanas esperando que meu índice MELD (no Brasil se transplanta usando-se o critério de gravidade) subisse para me tornar o próximo candidato”, relatou o empresário, de 72 anos. MELD é um sistema de pontuação que determina o grau de urgência de transplante hepático. O chefe do clã Marinho foi operado no Hospital Sírio Libanês pela equipe de transplantes de fígado do Hospital das Clínicas de SP, liderada pelo Prof. Dr. Luiz Carneiro de Albuquerque. O médico apareceu em matérias sobre transplantes exibidas ao longo da semana no Jornal Nacional. As reportagens ressaltaram o valor da decisão de ser doador e a importância de a família autorizar a retirada dos órgãos em tempo hábil. Alguns transplantados e parentes de doadores deram depoimentos que comoveram os âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos. No sábado (26), matéria da repórter Janaina Lepri revelou que 68% das famílias consultadas autorizam a retirada de órgãos de parentes. “Se nós deixarmos a nossa vontade explícita, todos vão respeitar o que nós desejamos”, explicou Dr. Luiz Carneiro. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 46 mil pessoas aguardavam um órgão no País até o mês de julho. As restrições impostas pela pandemia de covid-19 impactaram o número de doações e cirurgias. Nos primeiros seis meses do ano, foram realizados 5.875 procedimentos a menos do que no mesmo período de 2019. As doações tiveram queda de 8,4%. As informações divulgadas no ‘JN’ — telejornal mais visto e repercutido da televisão brasileira — poderão ajudar a reverter esses índices preocupantes. O esclarecimento a respeito da dinâmica dos transplantes é fundamental a quem tem dúvida sobre se declarar doador. Com imensurável poder de influência, a mídia precisa fazer sua parte para que cada vez mais vidas sejam salvas a partir do gesto empático da doação.

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